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Departamento de Oceanografia aprova projeto para manter investigação sobre o desastre do óleo

A proposta da UFPE busca identificar os efeitos crônicos do derramamento de óleo sobre os ecossistemas costeiros do litoral de Pernambuco

O Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aprovou projeto de pesquisa na Chamada 6/2020 do CNPq/MCTI, que contempla Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira – Programa Ciência no Mar. No total, foram 141 propostas submetidas e somente seis aprovadas para financiamento dentro dos limites orçamentários do CNPq.

A proposta da UFPE busca identificar os “efeitos crônicos do derramamento de óleo sobre os ecossistemas costeiros (recifes, estuários e prados de angiospermas marinhas) do litoral de Pernambuco” e dará continuidade aos estudos de impacto ambiental ligados ao desastre das manchas de óleo que surgiram na costa do Nordeste do Brasil no segundo semestre de 2019.

Coordenada pelo professor Gilvan Yogui (Docean-UFPE), a rede de pesquisa comprometida com o projeto envolve nove instituições, 42 doutores e inúmeros alunos de doutorado, mestrado e graduação. Os resultados gerados servirão de subsídio para estimar os impactos socioeconômicos de longo prazo associados ao desastre do óleo de 2019 e para apoiar a tomada de decisão dos órgãos governamentais.

Segundo apurou o estudo, estima-se que quase um terço desse óleo foi recolhido no litoral de Pernambuco, que representa somente 6% da linha de costa impactada. Na nova etapa, o foco da pesquisa serão os efeitos crônicos do óleo em médio prazo sobre ecossistemas bastante sensíveis a esse tipo de impacto, como os recifes de corais.

O vice-reitor da UFPE, professor Moacyr Araújo, também membro do Docean, destaca o fato de que termos tido um projeto aprovado pela UFPE atesta a elevada qualidade da equipe de pesquisadores sob a coordenação dos professores Gilvan Yogui e Eliete Zanardi, e reafirma o protagonismo da universidade com relação ao tema, protagonismo esse verificado desde os primeiros dias de detecção de óleo nas praias do Estado.

Data da última modificação: 30/10/2020, 07:31